quarta-feira, 13 de novembro de 2013

O SUS COMO REFÉM DA INDÚSTRIA FARMACÊUTICA

A indústria farmacêutica herdeira do IG Farben já descobriu como manter toda a humanidade na condição de doente e escrava do uso de medicamentos. Inventou também uma pérola de mercado que é o "medicamento de alto custo". Uma drágea de um medicamento desse tipo, baseado em biotecnologia, pode custar até 50 mil reais. O pobre SUS não tem como pagar um absurdo desses, mas os doentes, especialmente o pessoal de classe média apela para advogados de porta de farmácia, especializados em processar o SUS para que pague por esses medicamentos. E os juízes mandam o SUS pagar porque está escrito na Constituição que saúde é um direito de todos e obrigação do Estado.
Resultado o SUS paga esses remédios caros que são utilizados por 2% dos doentes. Para tanto gasta 40% da verba de que dispõe. Para os outros 98% dos doentes restam 60% da verba. Isso é uma distorção. E se dependesse do PSDB a coisa iria piorar. Esse partido enviou uma emenda à PEC do Orçamento Impositivo para obrigar o SUS aumentar o investimento na Saúde de 64 para 128 bilhões. Por sorte o governo conseguiu boicotar essa manobra que iria dar força ao trem da alegria da farra de medicamentos que assola o país.

Parece que já foi aprovado testes para detecção do vírus de hepatite C. Doença para a qual já existe o medicamento interferon (medicamento de alto custo). A detecção desse vírus exige "exames de alta complexidade", (exames caros). Com o vírus da hepatite C a gente convive com ele assim como convivemos com o vírus da herpes. A longo prazo ele "pode" dar problemas. Mas o escândalo não se resume a obrigar o SUS a pagar essa farra de produtos "de alto custo". O vírus da hepatite C é transmitido principalmente por quem compartilha seringas de injeção, ou seja drogados, e também em BEM MENOR escala por comportamento sexual promíscuo. Ou seja um caso de doença de grupo de risco, mas o lobby da indústria farmacêutica conseguiu fazer com que o governo trata-se toda a população como um imenso grupo de risco de drogados e devassos sexuais.
Não vi ninguém protestar. E aí doutores onde estão os senhores?
Tenho pra mim que ninguém fala nada porque fica parecendo que a gente é contra a medicação da sociedade. Medicar racionalmente é uma coisa, "medicalização" desenhada para sangrar o SUS é outra. O mais certo ainda seria retirar o açúcar da comida, o flúor da água e colocar os meninos na escola (de turno integral). No futuro demandaríamos menos médicos e policiais; menos hospitais e presídios.

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