AÇÚCAR NO SITE DO DR DRÁUZIO VARELLA:
O doutor Dráuzio Varella não consome açúcar há décadas. Provavelmente ele leu Sugar Blues de William Dufty. Eu cobrava dele um texto dele sobre açúcar. Agora descobri que no site dele (drauziovarella.com.br) tem um artigo sobre açúcar que reproduzo aqui e comento:
A autora do artigo é TAINAH MEDEIROS.
"Evitar doces é uma tarefa quase impossível para muitos. Além do sabor agradável, a guloseima serve muitas vezes como um calmante emocional, principalmente para mulheres em época de TPM (Tensão Pré-Menstrual). Ricos em açúcar e com alto valor glicêmico (energético), os quitutes ajudam na produção de serotonina, hormônio encarregado de regular o humor, mas o excesso pode trazer quilos a mais e insuficiência de insulina".
* Conheça os sintomas e tratamento para diabetes
"A nutricionista Fernanda Pisciolaro, membro da ABESO (Associação Brasileira de Estudos Sobre a Obesidade), explica que antes de o açúcar cair na corrente sanguínea, ele passa pelo pâncreas, glândula que secreta insulina para quebrar a glicose e controlar a quantidade que irá chegar à corrente sanguínea. ”Quando o alimento contém muito açúcar, a insulina encontra dificuldades para fazer seu trabalho e acaba deixando grande quantidade de glicose ir para o sangue”, explica Psiciolaro".
"A endocrinologista Lívia Lugarinho, membro da Sociedade Brasileira de Endocrinologia, explica que quando se consome muito açúcar, o corpo reage negativamente. “No começo, o pâncreas tende a produzir mais insulina para normalizar as taxas, mas depois ele começa a não dar conta de tanta demanda. A produção do hormônio da insulina começa a entrar em falência parcial, produzindo pouco hormônio, ou total, quando deixa de ser produzido. Se ela não funciona, a glicose vai em excesso para corrente sanguínea, o que resulta em diabetes” explica Lugarinho. As consequências da diabetes são muitas, entre elas problemas neurológicos, cardiovasculares, nos olhos e nos rins".
"Há ainda o risco de obesidade. Os doces são carboidratos altamente calóricos e ricos em gordura, que têm como função dar disposição e energia. Quando a quantidade ingerida passa da conta e as atividades da pessoa não são suficientes para usar todas essas calorias, porém, o excesso é revertido em tecido adiposo para ser armazenado. Além de uma possível insatisfação com a aparência, o acúmulo de gordura corporal pode levar a doenças graves como hipertensão e outras cardiopatias".
* O lado bom do açúcar
“O açúcar é a forma mais rápida de fornecer glicose para o corpo”, diz Pisciolaro. Esse componente é essencial para o funcionamento do cérebro, da retina e dos rins. “Quando ficamos com deficiência de glicose (condição conhecida como hipoglicemia), sentimos dor de cabeça e os olhos começam ficar vertiginosos”, explica Lugarinho.
"A glicose ainda auxilia na proliferação das Bifidobactérias e dos Lactobacillus sp. Essas bactérias compõem a flora intestinal e contribuem para a eliminação de bactérias nocivas como a Escherichia coli e o Clostridium. Sem contar que o açúcar é uma importante fonte de cálcio, fósforo, ferro, cloro, potássio, sódio, magnésio e de vitaminas do complexo B".
"Mas isso não significa que doces precisam fazer parte do cardápio diário. O açúcar é encontrado também em frutas e em fontes salgadas, como massas, pães e bolachas. “O ideal é que a pessoa não consuma doces e faça uso do açúcar dos outros alimentos”, reforça Lugarinho.
Pisciolaro discorda. “Por questões sociais, é quase impossível cortar os doces da dieta. Temos que pensar nas situações do cotidiano. Você vai a uma festa, ver um monte de guloseima, como não ficar com vontade? A pessoa pode se dar o prazer de consumi-lo, não é errado, só tem que maneirar”.
"Não existe uma quantidade ideal de açúcar para ser consumida diariamente, mas a nutricionista dá uma ideia dos limites. “Você pode comer até duas colheres de doce de leite por dia, dois brigadeiros, uma latinha de refrigerante ou uma fatia pequena de pudim, por exemplo. Sem extrapolar”.
MEU COMENTÁRIO (Fernando): A nutricionista Fernanda Pisciolaro, da ABESO, diz que o açúcar "passa pelo pâncreas" que secreta insulina "para quebrar a glicose". Isso está me cheirando a samba do crioulo doido. O açúcar (sacarose refinada) não passa pelo pâncreas e quem "quebra" a sacarose são as sacaridades (enzimas pancreáticas) e não a insulina (hormônio endócrino), cujo papel é "empurrar" a glicose para dentro dos músculos. Ainda segundo essa nutricionista aloprada o açúcar (sacarose refinada) "É a forma mais rápida de fornecer glicose". Não pode ser porque o "açúcar" fornecido pelas frutas (glicose e frutose) são absorvidos DIRETAMENTE pelo organismo (a glicose, a frutose tem um mecanismo de absorção diferente, mais lento) enquanto que o maldito do açucareiro ainda terá que ser "quebrado" pelas enzimas pancreáticas (em glicose e frutose).
A nutricionista Lívia Lugarinho tem a cabeça no lugar e recomenda que "O ideal é que a pessoa não consuma doces". E complementa: "E faça uso do açúcar de outros alimentos". Querendo dizer com isso que o "açúcar" que interessa ao corpo não é o do açucareiro e sim os fornecidos pelos cereais (o amido) e pelas frutas (glicose e frutose). O açúcar do açucareiro que faz parte dos doces, sorvetes, iogurtes e bolos é uma porcaria causadora de cárie, diabetes e obesidade.
O lado bom do açúcar
“O açúcar é a forma mais rápida de fornecer glicose para o corpo”, diz Pisciolaro. Esse componente é essencial para o funcionamento do cérebro, da retina e dos rins. “Quando ficamos com deficiência de glicose (condição conhecida como hipoglicemia), sentimos dor de cabeça e os olhos começam ficar vertiginosos”, explica Lugarinho.
A glicose ainda auxilia na proliferação das Bifidobactérias e dos Lactobacillus sp. Essas bactérias compõem a flora intestinal e contribuem para a eliminação de bactérias nocivas como a Escherichia coli e o Clostridium. Sem contar que o açúcar é uma importante fonte de cálcio, fósforo, ferro, cloro, potássio, sódio, magnésio e de vitaminas do complexo B.
Mas isso não significa que doces precisam fazer parte do cardápio diário. O açúcar é encontrado também em frutas e em fontes salgadas, como massas, pães e bolachas. “O ideal é que a pessoa não consuma doces e faça uso do açúcar dos outros alimentos”, reforça Lugarinho.
Pisciolaro discorda. “Por questões sociais, é quase impossível cortar os doces da dieta. Temos que pensar nas situações do cotidiano. Você vai a uma festa, ver um monte de guloseima, como não ficar com vontade? A pessoa pode se dar o prazer de consumi-lo, não é errado, só tem que maneirar”.
Não existe uma quantidade ideal de açúcar para ser consumida diariamente, mas a nutricionista dá uma ideia dos limites. “Você pode comer até duas colheres de doce de leite por dia, dois brigadeiros, uma latinha de refrigerante ou uma fatia pequena de pudim, por exemplo. Sem extrapolar”.
MEU COMENTÁRIO: A nutricionista Fernanda Pisciolaro, da ABESO, diz que o açúcar "passa pelo pâncreas" que secreta insulina "para quebrar a glicose". Isso está me cheirando a samba do crioulo doido. O açúcar (sacarose refinada) não passa pelo pâncreas e quem "quebra" a sacarose são as sacaridades (enzimas pancreáticas) e não a insulina (hormônio endócrino), cujo papel é "empurrar" a glicose para dentro dos músculos. Ainda segundo essa nutricionista aloprada o açúcar (sacarose refinada) "É a forma mais rápida de fornecer glicose". Não pode ser porque o "açúcar" fornecido pelas frutas (glicose e frutose) são absorvidos DIRETAMENTE pelo organismo (a glicose, a frutose tem um mecanismo de absorção diferente, mais lento) enquanto que o maldito do açucareiro ainda terá que ser "quebrado" pelas enzimas pancreáticas (em glicose e frutose).
A nutricionista Lívia Lugarinho tem a cabeça no lugar e recomenda que "O ideal é que a pessoa não consuma doces". E complementa: "E faça uso do açúcar de outros alimentos". Querendo dizer com isso que o "açúcar" que interessa ao corpo não é o do açucareiro e sim os fornecidos pelos cereais (o amido) e pelas frutas (glicose e frutose). O açúcar do açucareiro que faz parte dos doces, sorvetes, iogurtes e bolos é uma porcaria causadora de cárie, diabetes e obesidade.
quarta-feira, 13 de novembro de 2013
O SUS COMO REFÉM DA INDÚSTRIA FARMACÊUTICA
A indústria farmacêutica herdeira do IG Farben já descobriu como manter toda a humanidade na condição de doente e escrava do uso de medicamentos. Inventou também uma pérola de mercado que é o "medicamento de alto custo". Uma drágea de um medicamento desse tipo, baseado em biotecnologia, pode custar até 50 mil reais. O pobre SUS não tem como pagar um absurdo desses, mas os doentes, especialmente o pessoal de classe média apela para advogados de porta de farmácia, especializados em processar o SUS para que pague por esses medicamentos. E os juízes mandam o SUS pagar porque está escrito na Constituição que saúde é um direito de todos e obrigação do Estado.
Resultado o SUS paga esses remédios caros que são utilizados por 2% dos doentes. Para tanto gasta 40% da verba de que dispõe. Para os outros 98% dos doentes restam 60% da verba. Isso é uma distorção. E se dependesse do PSDB a coisa iria piorar. Esse partido enviou uma emenda à PEC do Orçamento Impositivo para obrigar o SUS aumentar o investimento na Saúde de 64 para 128 bilhões. Por sorte o governo conseguiu boicotar essa manobra que iria dar força ao trem da alegria da farra de medicamentos que assola o país.
Parece que já foi aprovado testes para detecção do vírus de hepatite C. Doença para a qual já existe o medicamento interferon (medicamento de alto custo). A detecção desse vírus exige "exames de alta complexidade", (exames caros). Com o vírus da hepatite C a gente convive com ele assim como convivemos com o vírus da herpes. A longo prazo ele "pode" dar problemas. Mas o escândalo não se resume a obrigar o SUS a pagar essa farra de produtos "de alto custo". O vírus da hepatite C é transmitido principalmente por quem compartilha seringas de injeção, ou seja drogados, e também em BEM MENOR escala por comportamento sexual promíscuo. Ou seja um caso de doença de grupo de risco, mas o lobby da indústria farmacêutica conseguiu fazer com que o governo trata-se toda a população como um imenso grupo de risco de drogados e devassos sexuais.
Não vi ninguém protestar. E aí doutores onde estão os senhores?
Tenho pra mim que ninguém fala nada porque fica parecendo que a gente é contra a medicação da sociedade. Medicar racionalmente é uma coisa, "medicalização" desenhada para sangrar o SUS é outra. O mais certo ainda seria retirar o açúcar da comida, o flúor da água e colocar os meninos na escola (de turno integral). No futuro demandaríamos menos médicos e policiais; menos hospitais e presídios.
Resultado o SUS paga esses remédios caros que são utilizados por 2% dos doentes. Para tanto gasta 40% da verba de que dispõe. Para os outros 98% dos doentes restam 60% da verba. Isso é uma distorção. E se dependesse do PSDB a coisa iria piorar. Esse partido enviou uma emenda à PEC do Orçamento Impositivo para obrigar o SUS aumentar o investimento na Saúde de 64 para 128 bilhões. Por sorte o governo conseguiu boicotar essa manobra que iria dar força ao trem da alegria da farra de medicamentos que assola o país.
Parece que já foi aprovado testes para detecção do vírus de hepatite C. Doença para a qual já existe o medicamento interferon (medicamento de alto custo). A detecção desse vírus exige "exames de alta complexidade", (exames caros). Com o vírus da hepatite C a gente convive com ele assim como convivemos com o vírus da herpes. A longo prazo ele "pode" dar problemas. Mas o escândalo não se resume a obrigar o SUS a pagar essa farra de produtos "de alto custo". O vírus da hepatite C é transmitido principalmente por quem compartilha seringas de injeção, ou seja drogados, e também em BEM MENOR escala por comportamento sexual promíscuo. Ou seja um caso de doença de grupo de risco, mas o lobby da indústria farmacêutica conseguiu fazer com que o governo trata-se toda a população como um imenso grupo de risco de drogados e devassos sexuais.
Não vi ninguém protestar. E aí doutores onde estão os senhores?
Tenho pra mim que ninguém fala nada porque fica parecendo que a gente é contra a medicação da sociedade. Medicar racionalmente é uma coisa, "medicalização" desenhada para sangrar o SUS é outra. O mais certo ainda seria retirar o açúcar da comida, o flúor da água e colocar os meninos na escola (de turno integral). No futuro demandaríamos menos médicos e policiais; menos hospitais e presídios.
quarta-feira, 6 de novembro de 2013
RACISMO ESTÚPIDO NO BRASIL
Estão criando no Brasil uma forma estúpida de racismo. Pela pior forma de racismo que já existiu os nórdicos se julgavam "superiores" a negros, ciganos, eslavos, etc. Digamos que era um racismo "sádico". O racismo estúpido que estão querendo criar no Brasil é um racismo ao contrário, digamos um racismo "masoquista", que pretende apresentar o negro como vítima do "NÃO NEGRO" (que absurdo! essa expressão. Há quem diga que os judeus são racistas e eles se referem aos outros como "não judeus"). Esse racismo estúpido quer se apropriar dos mestiços. "Negro" seria um somatório de pretos e pardos. Por acaso os mestiços foram consultados? Na comunidade Gilberto Freyre do orkut encontramos um Movimento Brasil Mestiço cujo líder foi chamado por um negro de "Cor de merda". O rapaz ficou traumatizado. Um plebiscito acabaria com essa besteira do racismo estúpido. O povo brasileiro possui MAIS DE CEM CORES, o IBGE sabe disso. Tem cor de canela, cor de jambo, ruço, sarará, e, como diz o João Ubaldo: "moreno craro" (de olhos verdes), etc. O IBGE bem que poderia publicar essa lista das cores do povo brasileiro. Essas estatísticas sobre desemprego e diferenças de salários seguidas da expressão: "Nada justifica essa disparidade". Se tal disparidade existe ela É ILEGAL e deve ser combatida com ações judiciais e não com uma "política afirmativa" que se revela burra porque não percebe isso, além de criar racismo onde não existe. Por esse racismo burro, agora, nas salas de aula, nas repartições públicas, nos parlamentos, nas fábricas e empresas em geral passará a existir a consciência de uma COMPOSIÇÃO RACIAL PARA DIVIDIR O POVO BRASILEIRO. Onde tem fumaça, tem fogo. INTERESSES PODEROSOS E ESCUSOS COM CERTEZA ESTÃO POR TRÁS DESSA PALHAÇADA.
terça-feira, 29 de outubro de 2013
BIOGRAFIAS POLÊMICAS
BIOGRAFIAS POLÊMICAS
O caso mais famoso entre nós é o de Roberto Carlos que, biografado por Paulo Cesar de Araujo: "Roberto Carlos em detalhes", processou o autor e conseguiu proibir a publicação do livro. Existem outros casos mais, como o da biografia de Paulo Leminsky escrita por Toninho Vaz. Depois da primeira edição esgotada, a família pressionou a outra editora que faria a segunda edição para não publicar e o editor preferiu não se arriscar. O título da biografia é "O bandido que sabia latim", e a família entendeu que Paulo Leminsky e família não ficavam bem na fita dessa biografia, especialmente por causa dos detalhes sórdidos de seu suicídio. Quem mereceu biografia polêmica foi Chaplin que foi biografado pelo psiquiatra Stephen Weissman. Nunca devemos esperar amenidades de biografias escritas por médicos ou estudiosos da alma humana.
O problema se resume em saber se uma biografia pode ser livremente escrita e publicada ou tem que ter uma autorização prévia do biografado. O próprio Roberto Carlos já voltou atrás e disse que as "biografias não autorizadas" devem ser publicadas. Desde que haja antes uns ajustes, acordos, etc. A bela Renata Vasconcelos tentou extrair dele que ajustes seriam esses, mas o Rei é mais escorregadio que uma enguia e não disse. Disse que o objetivo é o "equilíbrio" e que a coisa seja boa para ambos os lados. Tenho pra mim que ele ficou sem graça de dizer que esse equilíbrio significava 50% para o biógrafo e 50% para o biografado.
Voltando ao problema: o óbvio ululante é que a produção de biografias deve ser livre. É uma questão de democracia, dois direitos estão em jogo: o de liberdade de trabalho intelectual do autor e o direito à informação do leitor. Agora, autorização prévia para a produção de uma biografia é uma conversa autoritária de joão-sem-braço. Lamentável que Chico Buarque e Caetano Veloso tenham embarcado nessa. Um tropeço de dois campeões da democracia. A simples produção de uma biografia já é um avanço da cultura. Se a biografia contiver difamação, atentar contra a honra do biografado, apela-se para a Justiça. Simples assim.
Vejamos algumas histórias mais sobre biografias e avanço da cultura. Raimundo Magalhães Júnior escreveu uma biografia crítica de Ruy Barbosa: "Ruy, o homem e o mito". Um fã de Ruy, salvo engano, o escritor Fernando Jorge, escreveu um livro em resposta ao do Magalhães Júnior intitulado: "Uma pulga na asa da Águia". Ruy era conhecido como a Águia de Haya" por conta de sua atuação nas Nações Unidas. Creio que o personagem mais biografado do mundo seja Jesus Cristo. Em umas biografias é dito que os judeus foram culpados por sua morte. Outras defendem um ponto de vista diferente. Resumindo a liberdade de publicação faz a cultura avançar e se aperfeiçoar.
O caso mais famoso entre nós é o de Roberto Carlos que, biografado por Paulo Cesar de Araujo: "Roberto Carlos em detalhes", processou o autor e conseguiu proibir a publicação do livro. Existem outros casos mais, como o da biografia de Paulo Leminsky escrita por Toninho Vaz. Depois da primeira edição esgotada, a família pressionou a outra editora que faria a segunda edição para não publicar e o editor preferiu não se arriscar. O título da biografia é "O bandido que sabia latim", e a família entendeu que Paulo Leminsky e família não ficavam bem na fita dessa biografia, especialmente por causa dos detalhes sórdidos de seu suicídio. Quem mereceu biografia polêmica foi Chaplin que foi biografado pelo psiquiatra Stephen Weissman. Nunca devemos esperar amenidades de biografias escritas por médicos ou estudiosos da alma humana.
O problema se resume em saber se uma biografia pode ser livremente escrita e publicada ou tem que ter uma autorização prévia do biografado. O próprio Roberto Carlos já voltou atrás e disse que as "biografias não autorizadas" devem ser publicadas. Desde que haja antes uns ajustes, acordos, etc. A bela Renata Vasconcelos tentou extrair dele que ajustes seriam esses, mas o Rei é mais escorregadio que uma enguia e não disse. Disse que o objetivo é o "equilíbrio" e que a coisa seja boa para ambos os lados. Tenho pra mim que ele ficou sem graça de dizer que esse equilíbrio significava 50% para o biógrafo e 50% para o biografado.
Voltando ao problema: o óbvio ululante é que a produção de biografias deve ser livre. É uma questão de democracia, dois direitos estão em jogo: o de liberdade de trabalho intelectual do autor e o direito à informação do leitor. Agora, autorização prévia para a produção de uma biografia é uma conversa autoritária de joão-sem-braço. Lamentável que Chico Buarque e Caetano Veloso tenham embarcado nessa. Um tropeço de dois campeões da democracia. A simples produção de uma biografia já é um avanço da cultura. Se a biografia contiver difamação, atentar contra a honra do biografado, apela-se para a Justiça. Simples assim.
Vejamos algumas histórias mais sobre biografias e avanço da cultura. Raimundo Magalhães Júnior escreveu uma biografia crítica de Ruy Barbosa: "Ruy, o homem e o mito". Um fã de Ruy, salvo engano, o escritor Fernando Jorge, escreveu um livro em resposta ao do Magalhães Júnior intitulado: "Uma pulga na asa da Águia". Ruy era conhecido como a Águia de Haya" por conta de sua atuação nas Nações Unidas. Creio que o personagem mais biografado do mundo seja Jesus Cristo. Em umas biografias é dito que os judeus foram culpados por sua morte. Outras defendem um ponto de vista diferente. Resumindo a liberdade de publicação faz a cultura avançar e se aperfeiçoar.
quarta-feira, 26 de junho de 2013
MÉDICOS CUBANOS
Quando Dilma falou em médicos cubanos ela frisou que é para áreas onde os médicos brasileiros não querem trabalhar. Dizem que há prefeituras de grotões oferecendo 30 mil reais de salário para médicos. Mas os médicos se recusam a ir porque lá faltam condições de trabalho. Os médicos brasileiros são dependentes da tal "medicina diagnóstica", porque não sabem mais diagnosticar uma doença, precisam dos exames sofisticados de laboratórios. Nos grotões não tem tomografia computadorizada. Os médicos brasileiros são também dependentes da indústria farmacêutica. Seu trabalho consiste em encaixar o paciente numa doença e prescrever a droga associada a essa doença. Drogas que não faltam no repertório de 40 mil drogas comercializadas pelas farmacêuticas. A medicina cubana trabalha com uma lista de "medicamentos essenciais" composta de poucas centenas de medicamentos. A medicina brasileira também tem sua lista de medicamentos essenciais só que adulterada com a introdução de drogas impostas pelo lobby da indústria farmacêutica incluindo genérico de viagra. Nossa lista consta de 800 medicamentos. Mesmo assim essa lista de nada vale porque a Constituição garante que "saúde é um direito de todos e dever do estado". De modo que quando um médico do SUS prescreve um medicamento da lista dos essenciais, o paciente prefere a droga (patenteada e cara) da lista das quarenta mil drogas das multinacionais farmacêuticas. No Brasil já existe a classe dos "advogados de porta de farmácia" especializados em processar o SUS para obrigá-lo a pagar medicamentos como os "biológicos" cuja uma drágea custa até 50 mil reais e o tratamento 200 mil reais. Aqui no Brasil existe um esquema comensalista montado que se sustenta mutuamente de alimentos e medicamentos. A população é alimentada com uma RAÇÃO AÇUCARADA que causa várias epidemias (cárie, obesidade, diabetes, doenças cardiovasculares, etc.) e os médicos doutrinados pelo cartel farmacêutico prescrevendo drogas. Nos Estados Unidos as MORTES IATROGÊNICAS (decorrentes de tratamento médico) já são a principal causa de mortes por doenças; câncer e doenças vasculares ficam respectivamente em segundo e terceiro lugares. E o Brasil imita o modelo de medicina americano.
Cuba devido ao covarde bloqueio americano teve que se virar e constituir uma medicina mais preventiva e se limitou aos mencionados "medicamentos essenciais", ou seja, uma medicina apropriada a condições de pobreza que é o que prevalece no interior do nosso país. Os médicos cubanos são portanto bem-vindos. A presença deles aqui terá o papel de um contraponto que talvez faça nossa classe médica começar a pensar, porque hoje está antolhada pela indústria farmacêutica
Cuba devido ao covarde bloqueio americano teve que se virar e constituir uma medicina mais preventiva e se limitou aos mencionados "medicamentos essenciais", ou seja, uma medicina apropriada a condições de pobreza que é o que prevalece no interior do nosso país. Os médicos cubanos são portanto bem-vindos. A presença deles aqui terá o papel de um contraponto que talvez faça nossa classe médica começar a pensar, porque hoje está antolhada pela indústria farmacêutica
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